O Tribunal de Lisboa absolveu um jovem, de 20 anos, acusado de matar à facada um rival à saída de um concerto no Estádio do Restelo, em Lisboa, em julho de 2022, no contexto de uma disputa entre gangues que se dedicam ao drill, um género musical de conteúdo sombrio e violento.
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A tese da investigação, de que o homicídio decorreu no âmbito da rivalidade grupal, que tem mais de 700 jovens identificados e 27 grupos monitorizados pela PJ, caiu em tribunal. Nem foi possível provar que o arguido pertencia ao grupo PKA 45, de Queluz, apesar de ser suspeito em inquéritos crime relacionados com este gangue. Iven Camará, 20 anos, foi solto depois de mais de um ano em prisão preventiva.
O homicídio ocorreu após um concerto de tributo ao Afrohouse. No interior do estádio tinha havido agressões entre gangues, filmadas e partilhadas nas redes sociais. A vítima, Gilson Semedo, de 18 anos, seguia acompanhado do primo e outro amigo na Rua dos Jerónimos, quando um grupo que vestia de negro os interpelou. Gilson foi esfaqueado no peito e morreu. O amigo foi golpeado na cabeça e sobreviveu.