Crescimento do número dos que dormem na rua explica violência. Agressores vivem também em situação precária.
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A Polícia Judiciária (PJ) está apreensiva com o aumento da conflitualidade violenta, incluindo homicídios, registado “desde há um ou dois anos a esta parte” entre quem pernoita na rua. Só este ano, foram já mortas pelo menos cinco pessoas sem-abrigo na Grande Lisboa e na Margem Sul, a maioria por cidadãos na mesma condição ou indigentes. No Porto, apesar de não haver registo de homicídios recentes, a situação não é menos preocupante.
O coordenador da secção de homicídios da PJ de Lisboa e Vale do Tejo, Pedro Maia, associa o fenómeno a uma subida do número de pessoas a residir na rua e, por isso, teme que se verifique “algum agravamento” nos próximos anos. A aposta, defende, tem de ser na “prevenção” e “proximidade”, com o envolvimento da PSP e das autarquias locais.