Juiz rejeita suspeitas de corrupção do Ministério Público: são "vagas e genéricas"
Magistrado considerou haver intenso perigo de fuga do ex-chefe de gabinete e do "melhor amigo" de António Costa.
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“As medidas de coação propostas pelo Ministério Público, nomeadamente de privação da liberdade, em relação aos arguidos Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária, são claramente desproporcionadas.”Esta é a convicção do juiz de instrução criminal (JIC) Nuno Dias Costa, que ontem libertou todos os cinco detidos da Operação Influencer e considerou as suspeitas de corrupção invocadas pelo Ministério Público (MP), como “vagas” e “genéricas”. Ainda assim, entendeu existir um intenso perigo de fuga dos dois principais arguidos e retirou-lhes o passaporte, aplicando uma caução de 150 mil euros ao “melhor amigo” de António Costa.
As medidas de coação, ontem conhecidas [ler Medidas de Coação] ficaram muito aquém do pretendido pelo MP, que vai recorrer para o Tribunal da Relação. Porém, no despacho que libertou os detidos, o JIC é taxativo em afirmar que a factualidade relativa aos indícios de corrupção é “de cariz vago ou genérica e não integra os elementos típicos de qualquer ilícito criminal”.