O arranque do julgamento da deputada do Chega Cristina Rodrigues, no âmbito do processo em que é acusada pelo “apagão informático” de emails do PAN, foi adiado para 12 de junho.
Corpo do artigo
O julgamento arranca no dia 12 de junho, pelas 9.30 horas, com declarações das arguidas e a audição de duas testemunhas da acusação.
A decisão foi tomada pela juíza, em acordo com as defesas, no processo que corre no Juízo Local Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, em Lisboa.
As alegações finais ficaram marcadas para 2 de julho, a última data agendada antes da sentença.
Segundo o despacho de acusação, de 2022, o Ministério Público (MP) classificou como "muito elevada" a "ilicitude da conduta" de Cristina Rodrigues, embora considere não lhe dever ser aplicada pena superior a cinco anos, atendendo a que não tem antecedentes criminais.
Cristina Rodrigues, que agora é deputada do Chega na Assembleia da República e que se recandidata pelo partido nas listas do Porto, é acusada de um "crime de dano relativo a programas ou outros dados informático", em coautoria com a ex-funcionária do PAN Sara Fernandes, e de um "crime de acesso ilegítimo" aos ficheiros informáticos do partido.
No despacho, o Ministério Público considerou que "as arguidas agiram de forma deliberada, livre e consciente, de acordo com um plano previamente traçado, com o objetivo de vedar o acesso ao partido PAN e seus militantes ao conteúdo das mensagens de correio eletrónico" do partido.