Rede que importava pasta de coca desde a América do Sul para a transformar em cocaína foi agora acusada pelo Ministério Público.
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Montaram um laboratório clandestino num armazém isolado em Santa Maria da Feira, onde transformavam pasta de coca em cloridrato de cocaína. E, entre abril e agosto de 2024, produziram cerca de dez quilos de cocaína por dia que, depois, venderam a terceiros. Alguns membros da rede criminosa, entre os quais o seu líder, foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) e, agora, acusados pelo Ministério Público (MP) por crimes de tráfico de estupefacientes agravado, associação criminosa, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e condução sem habilitação legal.
Segundo a acusação, a que o JN teve acesso, desde 2022, José D., com dupla nacionalidade argentina e espanhola, e Paulo C., mantinham contactos frequentes, presencialmente e por aplicações encriptadas, como o Signal e o Threema. Afinal, ambos já tinham antecedentes por tráfico, uma vez que José estava ligado a um laboratório de produção de cocaína em Espanha e Paulo já tinha cumprido pena de prisão em Portugal por estar associado a uma apreensão de cerca de cinco toneladas de cocaína, em Esposende.