Relatório europeu de análises às águas residuais indica que uso da droga sintética associada a “raves” alastrou em bares e festas caseiras.
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Lisboa é uma das cidades europeias com maior consumo médio de ecstasy por dia, ficando apenas atrás de quatro cidades dos Países Baixos (Amesterdão, Roterdão, Utrecht e Groningen). Em 2024, o consumo desta droga sintética, denominada MDMA, acompanhou “a tendência europeia”, tendo aumentado na capital, mas também no Porto e em Almada, face ao ano anterior.
Estas são conclusões de um estudo europeu que analisou as águas residuais de 128 cidades europeias. De acordo com o último relatório “Wastewater analysis and drugs - a European multi-city study”, realizado anualmente pela Agência da União Europeia sobre Drogas (EUDA, na sigla inglesa), as maiores concentrações de ecstasy nas águas residuais foram detetadas na Bélgica, Chéquia, Países Baixos e Portugal. Em Lisboa foi detetada uma concentração de 81,8 miligramas de MDMA por mil pessoas por dia, enquanto no Porto foi de 21,9 mg e em Almada 17,9. Amesterdão lidera o pódio com 282,5 mg.