Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos e da Associação Nacional de Municípios, que foi constituída arguida no âmbito da Operação Teia e devido à nomeação da sua chefe de gabinete, rejeitou qualquer ilegalidade do processo e diz que uma alegada triangulação de favores não passa de uma "invenção".
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Esta quarta-feira é notícia um suposto envolvimento de Luísa Salgueiro com Manuela e Joaquim Couto, ex-presidente da Câmara de Santo Tirso. Num contexto de uma alegada triangulação favores, Manuela pretenderia manter os contratos de prestação de serviços de comunicação com o IPO do Porto, então presidido por José Laranja Pontes, tendo solicitado à presidente da Câmara de Matosinhos a promoção da filha do responsável, Marta Pontes.
À margem da apresentação do Plano de Neutralidade Carbónica para Matosinhos, que contou com a presença do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, Luísa Salgueiro rejeitou qualquer ilegalidade, sublinhando que o assunto não passa de uma "invenção". "Quando estamos no domínio da invenção tudo é possível", reiterou.
Assumindo que "o assunto está a ser tratado nas instâncias próprias", a autarca explicou aos jornalistas: "Fui notificada e constituída como arguida com base num parágrafo que me imputa a responsabilidade de ter nomeado a minha chefe de gabinete sem cumprimento da lei por concurso público. É exclusivamente esse o tema que consta do processo. O resto desconheço, não tenho nenhuma relação com isso".
E acrescentou: "A minha constituição como arguida refere-se exclusivamente à nomeação da minha chefe de gabinete que foi feita da mesma forma que é feita por todos os presidentes. A lei é expressa quando diz que os membros do gabinete da presidência são designados pela presidente e foi o que fiz e só isso é que está em causa no processo em que estou notificada".