Mãe de Marlon Correia assinala dez anos da morte do filho: "Mais um ano sem respostas"
A mãe de Marlon Correia, o estudante assassinado em 2013 durante um assalto no recinto da Queima das Fitas do Porto, assinalou, esta quarta-feira, o 10.º aniversário da morte do filho com uma publicação nas redes sociais em que lamenta que se tenha passado "mais um ano sem respostas, sem justiça".
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Lídia Barbosa recordou "aquela horrível madrugada" e de como o "peito" ainda lhe pesa por se ter passado "mais um ano sem respostas, sem justiça": "Dez anos depois, estás mais aqui do que nunca e eu estou mais aí que sempre", escreveu a mãe de Marlon, numa publicação com a foto do filho sorridente que, diz, "segue vivo" no coração.
"Fecho os meus olhos e sinto a tua proximidade, deitado na minha cama e vais perguntando como foi a minha vida sem ti este tempo e vais contando a tua, sem mim, abraçados, com lágrimas rolando pelos nossos rostos e com as minhas mãos entrelaçadas no mesmo sentimento, eu digo o quanto eu te amo", referiu, para depois dizer que "o Deus que te levou é o mesmo que me vai dando fortaleza e resignação".
Lídia Barbosa finaliza o texto dizendo que Marlon Correia, "10 anos depois", está "mais aqui que nunca". "E eu estou mais aí que sempre".
Crime sem culpados
Marlon Correia, de 24 anos, estava na madrugada de 4 de maio de 2013 a trabalhar na venda de bilhetes para a Queima das Fitas do Porto quando, pelas 1.15 horas, um grupo de encapuçados armados invadiu o espaço e assaltou a tesouraria onde se encontrava. Um dos assaltantes disparou e atingiu mortalmente o estudante de Arcozelo, em Vila Nova de Gaia.
Ao longo dos anos foram apontados vários suspeitos da autoria do crime. Porém, até hoje é desconhecida a identidade dos assaltantes.
FAP absolvida
Em fevereiro do ano passado, o Supremo Tribunal de Justiça absolveu a Federação Académica do Porto (FAP) do pagamento de uma indemnização de 150 mil euros aos pais do estudante. Para os juízes, não foi possível atribuir qualquer tipo de culpa à FAP, que provou em tribunal que "o local onde teve lugar a ocorrência estava dotado de condições físicas que obstaculizavam o acesso a estranhos e de vigilância".