O membro da Máfia "Ndrangheta", Francesco Pelle, detido em abril pela Polícia Judiciária em Lisboa, foi extraditado, sob fortes medidas de segurança para Itália.
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De acordo com a PJ, a Unidade de Cooperação Internacional (UCI) e a Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), procedeu à entrega do cidadão italiano Francesco Pelle, às autoridades italianas, após Despacho de Extradição, emanado pelo Tribunal da Relação de Lisboa.
Por motivos de segurança e sigilo da operação, a entrega teve lugar no Aeroporto Militar de Lisboa, de onde o detido viajou com destino a Itália, a bordo de aeronave oficial da República Italiana.
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Considerado como um dirigente da poderosa máfia calabresa, a "Ndrangheta", Pelle foi capturado no Hospital de S. José, em Lisboa, onde estava internado com covid-19.
A detenção terá sido acompanhada pela Polícia italiana, sendo que nem esta nem as autoridades portuguesas divulgaram informações sobre a operação.
Francesco Pelle, de 44 anos, andava fugido de Itália desde 2017, ano em que foi aqui condenado a pena de prisão perpétua, pelo seu envolvimento no violento episódio, na cidade alemã de Duisburgo, em 2007, de que resultaram seis mortos.
A matança foi o culminar de uma guerra entre as famílias Vottari e Pelle, de San Luca, na Calábria, que tinha a ver, além do mais, com disputas de território para investimentos na área da restauração.
Francesco Pelle chegou a estar preso preventivamente, em Itália. Mas o prazo da prisão preventiva esgotou-se e, quando o Supremo Tribunal de Itália confirmou a sua condenação, o suspeito já tinha fugido para Portugal.