Mandatário do Chega detido por fogo posto foi libertado mas está proibido de comprar combustível e de ir à floresta
Marco Silva, o mandatário da candidatura do Chega à Câmara de Vendas Novas, detido pela GNR foi fogo posto, foi libertado pelo tribunal no final de tarde desta sexta-feira, mas sujeito a quatro medidas de coação. Tem de se apresentar diariamente no posto da GNR, não pode ir para a floresta com objetos que permitem incendiar, está proibido de contactar intervenientes do inquérito e de adquirir objetos combustíveis, como a gasolina.
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Recorde-se que o mandatário da candidatura do Chega à Câmara de Vendas Novas, foi detido pela GNR, na madrugada de quinta-feira, em flagrante delito. Foi visto por uma patrulha a sair da sua viatura e a pôr fogo na berma, junto à Estrada Municipal 530 (EM530), no concelho de Montemor-o-Novo.
Havia dias em que os militares faziam vigilâncias por causa de focos de incêndio que surgiam no período noturno, sempre na mesma zona.
O suspeito, que já foi o cabeça de lista do partido de André Ventura à Câmara de Vendas Novas e coordenador daquela concelhia, foi surpreendido pelos militares na posse de um isqueiro, uma garrafa de álcool e jornais. Este material serviria para atear os incêndios.
Na tarde desta sexta-feira, André Ventura veio a público dizer que pretende expulsar Marco Silva do partido Chega. Na véspera, o candidato à autarquia de Vendas Novas, Jorge Alcobia Pereira, adiantou À Lusa que, "oficialmente", Marco Silva ainda era o mandatário "porque legalmente não é fácil estar a substituí-lo", após a entrega das listas em tribunal.
Contudo, acrescentou o candidato, o mandatário, que pretenderia sair do partido, "já não está a exercer o cargo" porque "quis sair há algum tempo", justificou Alcobia Pereira, acrescentando que este "não pertencia às listas" e que já nem tem contacto com ele.