A Polícia Judiciária deteve, esta quinta-feira, Mário Machado, para levar o militante neonazi para a cadeia anexa à PJ de Lisboa, onde irá cumprir os dois anos e dez meses de prisão a que fora condenado.
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Ontem, o advogado de Mário Machado, José Manuel Castro, tinha declarado que o seu cliente se iria apresentar no estabelecimento prisional das Caldas da Rainha pelas 15 horas da próxima segunda-feira para cumprir a pena.
Porém, esta quinta-feira, os inspetores da Unidade Nacional de Contra Terrorismo (UNCT) da PJ executaram o mandado de detenção para cumprimento de pena. Foram buscar o condenado a casa, em Lisboa.
Mário Machado, 49 anos, foi sentenciado com dois anos e 10 meses de prisão efetiva por discriminação, incitamento ao ódio e à violência e instigação pública, pelo Tribunal da Relação em dezembro do ano passado.
Em comunicado, a PJ explica que, “no âmbito de uma investigação conduzida pela PJ, em 2022, o tribunal deu como provado o incitamento ao ódio e à violência contra mulheres, que visaram em particular uma professora”. Em causa neste processo estavam mensagens publicadas na antiga rede social Twitter, em que este apelava à "prostituição forçada" das mulheres dos partidos de esquerda.
Contactado pelo JN, o advogado José Manuel Castro disse ter sido apanhado de surpresa com esta detenção: "ontem [quarta-feira] não havia mandados, mas hoje apareceram", disse, adiantando que vai pedir a transferência de cadeia.
"Por questões de segurança do meu cliente, vamos pedir que seja transferido de cadeia. Quer o estabelecimento prisional anexo à PJ, quer a cadeia de Lisboa não estão destinadas ao cumprimento de pena e há que ter garantias de segurança", afirmou o advogado.