A medida de coação de proibição de funções, que tinha sido aplicada ao militar da GNR de Fafe suspeito de burlas e branqueamento, extinguiram-se, por ter sido ultrapassado o seu prazo legal sem haver condenação. Contudo, o arguido não está atualmente no ativo por causa dos processos disciplinares de que é alvo na GNR.
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O tribunal de Guimarães, onde o guarda está a ser julgado, declarou extintas as medidas de coação de apresentações periódicas e proibição de funções, no final de setembro, porque as mesmas tinham sido aplicadas em 29 de maio de 2020 e extinguiam-se em dois anos e quatro meses, se não houvesse condenação em primeira instância".
A sentença já esteve agendada, mas uma alteração não substancial dos factos da acusação levou a defesa a requerer a audição de mais testemunhas. Está prevista uma sessão para a próxima semana. Após a audição de novas testemunhas, as partes repetirão as alegações finais. Depois, haverá sentença.
O militar Sérgio Ribeiro não regressou à atividade policial porque, "depois do dia 29 de setembro, iniciou o cumprimento de penas disciplinares de suspensão que estavam pendentes", informou fonte oficial do comando da GNR de Braga.
Sérgio Ribeiro, a mulher Soraia (que foi candidata a juíza), e os pais do primeiro estão a ser julgados por burlas, cometidas, maioritariamente, sobre pessoas idosas, e branqueamento de capitais.
O Ministério Público acredita que o GNR foi o "mentor" do esquema mas contou "sempre com a ajuda da mulher", levando os pais a pedir dinheiro emprestado para levar uma vida de luxo.
Segundo a acusação Soraia sabia da "forma ilícita de onde provinha o dinheiro que sustentava a vida de luxo", embora em julgamento esta tivesse negado qualquer envolvimento ou conhecimento do esquema.
Também Sérgio disse em tribunal desconhecer que o pai pedia dinheiro emprestado para o ajudar.