A maioria dos 33 migrantes marroquinos que desembarcaram numa praia algarvia em agosto e que, na última segunda-feira, foram instalados pela Segurança Social em alojamentos em São Pedro do Sul e Portimão, por se ter esgotado o prazo da sua permanência em centros de acolhimento temporário, está em parte incerta.
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Na Pousada da Juventude de São Pedro do Sul, a Segurança Social tinha instalado 22 migrantes, dos quais 19 se ausentaram das respetivas instalações na última madrugada. Os 11 marroquinos do mesmo grupo que a Segurança Social tinha alojado em Portimão também se ausentaram, confirmou igualmente fonte da PSP ao JN.
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O grupo de migrantes em causa desembarcou na praia da Boca do Rio, na freguesia de Burgau, Vila do Bispo, e foi então levado pelas autoridades para centros de acolhimento temporário. O tribunal que ouviu os migrantes ilegais decidiu expulsá-los de Portugal, mas a decisão foi objeto de recursos que não foram decididos dentro do prazo máximo de permanência, 60 dias, em centro de acolhimento temporário.
Uma vez esgotado aquele prazo, os 33 migrantes foram libertos, mas instalados pela Segurança Social em São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, e em Portimão, no distrito de Faro. Mas, do ponto de vista legal, nada os impedia de circular pelo território nacional, onde é suposto aguardarem pela decisão judicial sobre os recursos que interpuseram para reverter a decisão de repatriamento.
A SIC Notícias indicou, esta quinta-feira à tarde, que os 19 migrantes abalados de São Pedro do Sul seguiram em automóveis ligeiros com matrículas espanholas e conduzidas por homens com habilitação legal para o efeito.