Vinte e sete homens estão acusados de crimes de ódio, incluindo tentativa de homicídio.
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O Ministério Público (MP) requereu o julgamento de 27 arguidos suspeitos da prática de crimes de discriminação racial, religiosa ou sexual, ofensa à integridade física qualificada, incitamento à violência e homicídio qualificado tentado.
Os suspeitos, também indiciados por dano com violência, detenção de arma proibida, roubo, tráfico de estupefacientes e tráfico de armas, agiram com o propósito de pertencer a um grupo que exaltava a "superioridade da 'raça' branca face às demais" e que levava a cabo ações violentas contra pessoas de minorias raciais e com orientações sexuais e políticas diferentes das suas.
As atividades do grupo em causa terão começado em junho de 2015 quando os arguidos começaram a agredir e ofender "pessoas com ideais políticos, raça, religião ou orientação sexual distintos dos seus e incentivando ao ódio e à violência".
Duas vítimas esfaqueadas
Dois dos ofendidos foram agredidos com facas e outros objetos cortantes no abdómen e tórax. Segundo o Ministério Público, as partes do corpo atingidas "eram aptas a determinar as suas mortes, o que apenas não se verificou por razões alheias às vontades dos agressores".
Em algumas agressões, completa o MP, os arguidos agiram com o propósito de "danificarem, partirem e destruírem bens dos ofendidos". Alguns dos elementos do grupo tinham na sua posse armas, munições ilegais e ainda produtos estupefacientes para venda.
Em maio passado, o Ministério Público tinha constituído 37 arguidos, no âmbito de uma investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária a uma vaga de crimes de ódio, envolvendo grande violência e tentativas de homicídio.