Ministério Público invoca terror em Bruxelas para pedir pena "muito próxima" dos 25 anos
Irmãos iraquianos estão a ser julgados por crimes de guerra no seu país. Atentados na Europa “nunca” foram “tão poucos”, contrapõe defesa em julgamento em Lisboa.
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O Ministério Público (MP) invocou ontem o atentado do Estado Islâmico (EI) de 17 de outubro em Bruxelas (Bélgica), no qual morreram dois adeptos de futebol suecos, e a detenção há dias na Dinamarca, Alemanha e Países Baixos de alegados membros do Hamas suspeitos de prepararem ataques a sinagogas, para defender a condenação a uma pena “muito próxima” dos 25 anos de prisão dos dois irmãos iraquianos atualmente a ser julgados em Lisboa por terrorismo e crimes de guerra praticados no país natal, entre 2014 e 2016.
“O califado [do EI no Iraque e na Síria] acabou, mas o grau de ameaça na Europa e em Portugal aumentou”, sublinhou, ao fim de mais de três horas de alegações, a procuradora. Os exemplos indignaram a defesa de um dos arguidos, suspeitos, essencialmente, de terem fiscalizado e prendido, ao serviço da polícia religiosa do EI, compatriotas na cidade iraquiana de Mossul.