Ministério Público quer internar homem que pôs fogo a hostel no Porto e a psiquiatria em Penafiel
O Ministério Público (MP) insistiu, esta quarta-feira, que o homem suspeito de ter ateado fogo num hostel da Rua do Duque de Saldanha, no Porto, e na ala psiquiátrica do Hospital Padre Américo, em Penafiel, em ambos os casos no ano de 2023, "é inimputável" e deve ser internado por um mínimo de três anos. "No essencial, os factos constantes da acusação ficaram provados", defendeu.
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Durante a sessão dedicada às alegações finais, que decorreram esta tarde, no Tribunal de São João Novo, no Porto, a procuradora que representou o MP no julgamento sustentou que José G., de 58 anos, "padece de esquizofrenia paranoide", tem historial de má adesão aos tratamentos e soma vários internamentos compulsivos e múltiplas idas a serviços de urgência, que abandonava, nalguns casos, ao arrepio das indicações médicas.
"O arguido não apresenta insight [entendimento] para os seus atos criminosos e apresenta um discurso persecutório, conforme as declarações que prestou em audiência de discussão e julgamento", afirmou a magistrada, atribuindo-lhe também um "comportamento heteroagressivo".