Ministério Público suspeita que a TAP financiou a própria privatização e perdeu 400 milhões

Em reações às buscas de hoje, a TAP garantiu que colaborará com as autoridades "em todas e quaisquer investigações"
Foto: Adelino Meireles
Empresários adquiriram 61% da TAP com dinheiro da Airbus. Depois, em troca, terão comprado 53 aviões acima do valor do mercado. As autoridades fizeram buscas e constituíram como arguidos Humberto e David Pedrosa. David Neeleman e Fernando Pinto estavam fora do país.
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Os protagonistas do consórcio Altantic Gateway - David Neeleman, Humberto Pedrosa e o filho deste, David Pedrosa -, e o ex-CEO da TAP Fernando Pinto são os principais suspeitos na Operação Voo TP789, que justificou hoje duas dezenas de buscas na companhia aérea, no Grupo Barraqueiro e na Parpública, entre outros alvos. O Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que fez as buscas com a Polícia Judiciária, suspeita que a privatização da TAP, em 2015, tenha sido paga através de um esquema com a compra de aviões da Airbus acima do preço de mercado, prejudicando a companhia aérea em cerca de 400 milhões de euros.

