
Polícia Judiciária está a realizar buscas na TAP, no Grupo Barraqueiro e em duas dezenas de outros locais
Foto: Paulo Spranger/ Arquivo
A Polícia Judiciária está a realizar buscas na TAP, no Grupo Barraqueiro e em duas dezenas de outros locais no âmbito de um inquérito sobre a privatização da companhia aérea, em 2015. A companhia aérea garante colaborar com as autoridades em todas e quaisquer investigações. O Grupo Barraqueiro manifestou total "confiança e tranquilidade" na sua intervenção no processo.
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou, esta terça-feira, que estão a decorrer buscas em 25 locais, que incluem empresas, sociedades de advogados e sociedades de revisor oficial de contas e que não estão previstas detenções.
Em causa estão suspeitas de crimes de administração danosa, de participação económica em negócio, de corrupção passiva no setor privado, de fraude fiscal qualificada e de fraude à Segurança Social qualificada.
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Em reação às buscas, a TAP rejeitou comentar processos judiciais. "A TAP não comenta processos judiciais e colabora sempre com as autoridades em todas e quaisquer investigações", respondeu fonte oficial da companhia aérea.
O Grupo Barraqueiro, de Humberto Pedrosa, confirmou as buscas na sede de empresas do grupo, no âmbito da privatização da TAP em 2015, e manifestou total "confiança e tranquilidade" na sua intervenção no processo.
"O Grupo Barraqueiro manifesta total confiança e tranquilidade na sua intervenção no processo de privatização da TAP, não existindo qualquer motivo de preocupação relativamente às diligências em curso", na sede de empresas do grupo, em Lisboa, informou em comunicado o grupo liderado por Humberto Pedrosa, acionista da Atlantic Gateway (juntamente com David Neeleman), que venceu a privatização da TAP no Governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelhos.
O grupo acrescentou que "de uma forma voluntária, já tinha sido entregue no Ministério Público um dossier com toda a informação relevante sobre o processo de privatização da TAP, incluindo extensa prova de não ter realizado qualquer ato menos claro ou suspeito de irregularidade".
"O Grupo Barraqueiro prestou e prestará toda a colaboração solicitada pelas autoridades envolvidas neste processo, como já tinha ocorrido na respetiva Comissão Parlamentar de Inquérito", garantiu.
