A família sabe "muito pouco" sobre as investigações à morte de Diana Santos. A mulher, de 40 anos, foi encontrada morta, desmembrada e decapitada, na comuna francesa de Mont-Saint-Marin, junto à fronteira com o Luxemburgo.
Corpo do artigo
Nesta terça-feira, os resultados de ADN confirmaram a identificação do corpo. O pai diz-se "abananado", o irmão e o filho lamentam a pouca informação e só querem "que se faça justiça". Diana estava, há vários anos, a viver no Luxemburgo.
"Na verdade não sabemos absolutamente nada. A minha irmã foi brutalmente assassinada. Peço aos amigos que possam saber alguma coisa, por mínima que seja, que contactem a polícia", afirmou, ontem, o irmão, Vítor Santos, num apelo emotivo. "Pouco nos disseram do lado do Luxemburgo", explicou também, ao JN, o filho de Diana, Francisco.
"Só sei que a minha filha foi assassinada e desmembrada. Fiquei meio abananado, caiu-me tudo. Nunca pensei numa situação destas. Nunca pensamos que pode acontecer a um filho nosso", disse o pai de Diana, em declarações ao jornal luxemburguês "Contacto".
O caso começou a 19 de setembro quando os restos mortais foram encontrados por um adolescente junto a um edifício abandonado, nas imediações da Câmara de Mont-Saint-Martin. A cabeça não estava lá e de acordo com as informações divulgadas até agora pelas autoridades não terá ainda sido encontrada. Na altura, também não havia pistas sobre a identidade da vítima. Por isso, as autoridades francesas divulgaram as duas tatuagens encontradas no cadáver: a palavra "Kiko" na virilha e um punhal com uma rosa nas costas. Foi o ex-namorado de Diana quem, vendo as tatuagens, deu o alerta e acabou por ir identificar o corpo. Ainda assim, havia que esperar pela confirmação do ADN. Chegou ontem.
"Uma comparação de ADN confirma formalmente essa identificação", afirmou o procurador de Nancy, François Pérain. Os resultados da autópsia não revelaram ferimentos de bala ou de violência sexual. As polícias francesas e luxemburguesa estão, agora, a trabalhar em conjunto para reconstituir os últimos dias da vítima e perceber com quem contactou, a fim de encontrarem o assassino.