O padre Joaquim Milheiro, de 92 anos, condenado por maus-tratos a noviças no “convento” de Requião, em Famalicão, morreu, vítima de doença. Vai ser enterrado esta segunda-feira, no cemitério de Requião.
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O sacerdote fundador da Fraternidade Cristo Jovem, sedeada no “convento”, foi condenado pelo tribunal de Guimarães a uma pena de prisão por escravidão de “noviças”. Recorreu para o Tribunal da Relação de Guimarães, que o absolveu dos crimes de escravidão, mas deu como provado que tinha exercido maus-tratos sobre as jovens, condenando-o a uma pena de quatro anos e nove meses, suspensa na sua execução.
Entretanto, Joaquim Milheiro tinha recorrido para o Supremo Tribunal de Justiça, alegando que os crimes estavam prescritos. Aguardava a decisão.
Processualmente, a responsabilidade criminal do arguido extingue-se com a sua morte.