Os resultados de autópsia ao corpo de Paulo Correia, o estudante em engenharia mecânica, de 23 anos, que morreu após uma agressão fatal na noite do Porto, faz esta quarta-feira um mês, ainda não são conhecidos. O cidadão francês, posto em prisão preventiva, foi entretanto colocado na cadeia anexa à Polícia Judiciária do Porto, após ter inicialmente estado na prisão de Custóias.
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O estudante foi agredido na madrugada do passado dia 10 de outubro, perto de uma discoteca, na Rua Passos Manuel, no Porto. Foi lá que se deu uma contenda entre dois grupos: os amigos de Paulo e os de Anas Kataya, um estudante francês, que residia no Porto. Ambos estavam na fila para entrar na discoteca. Anas deu um murro à vítima, que caiu inanimada e morreu no dia seguinte no Hospital de Santo António.
A vítima estava a festejar os anos de um amigo, Gonçalo Franco, de 22 anos, também agredido com uma garrafa na cabeça.
"Fomos jantar e depois resolvemos divertir-nos na [discoteca] Boîte. Mas estava uma multidão à porta e, como temos um amigo que lá trabalha, fomos até às grades para ver se entrávamos mais rápido", recordou Vinicius Cassius, um dos amigos mais próximos de Paulo Correia.
Na altura, Vinicius explicou ao JN que, na fila para entrar na discoteca, estavam quatro jovens francesas, estudantes no programa de intercâmbio académico Erasmus. "Estavam muito histéricas, sempre aos empurrões. Houve umas brincadeiras connosco. Só que não gostaram da abordagem e o discurso tornou-se mais agressivo", recorda.
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As quatro raparigas decidiram sair da fila. Terão tentado agredir um dos rapazes do grupo de portugueses e cuspir noutro. Pouco depois, chamaram os amigos, entre os quais estava o agressor, entretanto detido e colocado em prisão preventiva.
Pouco depois, o grupo do francês saiu da zona, mas acabou por ser intercetado por uma patrulha da PSP, junto da Avenida dos Aliados. Depois de terem sido detidos, filmaram-se no interior da carrinha celular e transmitiram as imagens em direto numa rede social.
No dia seguinte, Anas Kataya era colocado em prisão preventiva e sensivelmente à mesma hora, dezenas de jovens prestavam homenagem à vítima, junto do Estádio do Dragão, onde Paulo Correia costumava ir ver os jogos do seu clube do coração o F. C. Porto.