O Ministério Público (MP) está a realizar, esta quarta-feira, três buscas domiciliárias nas zonas de Braga, Porto e Albufeira, que terão como alvo residências do arguido e ex-ministro da Economia Manuel Pinho, no âmbito do designado Processo EDP/CMEC, que não está sujeito a segredo de justiça.
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As diligências têm dois objetivos. Por um lado, visam "a recolha de novas provas", e, por outro, a apreensão de "instrumentos, produtos e vantagem dos crimes em investigação", explica em comunicado o MP do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Entre estes crimes estão os de corrupção passiva para ato ilícito por titular de cargo político com vantagem de valor consideravelmente elevado, de participação económica em negócio também por titular de cargo político e branqueamento.
Em resultado da prática de parte dos factos em investigação, "só um arguido terá causado ao Estado um prejuízo de 1,2 mil milhões de euros", afirma o DCIAP, sem identificar Manuel Pinho. Segundo acrescenta, aquele arguido "terá recebido indevidamente, pelo menos, 1 milhão e 265 mil euros." "Acresce que, até junho de 2012, o mesmo arguido, terá obtido ainda outras vantagens no valor total de cerca de 5 milhões de euros", acrescenta o DCIAP.
Manuel Pinho estava em prisão domiciliária no Algarve, mas, há cerca de três semanas, mudou-se para uma quinta em Braga, um dos alvos das buscas de hoje.
Os mandados de busca estão a ser executados com o apoio da Direção de Investigação Criminal da GNR (Equipas de Inspeção Judiciária e Digital Forense), do Departamento de Investigação Criminal da Direção Nacional da PSP e do Comando Distrital do Porto da PSP.