Diz ter sido vítima de padre há vários anos. Queixa foi reportada à diocese de Viseu.
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Uma mulher queixa-se de ter sido "violentada" por um padre, há vários anos, numa paróquia na diocese de Viseu. Este caso, o segundo a ser conhecido esta semana em Viseu, já estará nas mãos da respetiva Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis. Este organismo criado para lidar com os casos de abusos no seio da Igreja terá recebido a denúncia em março deste ano.
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"Nós temos um serviço, o ponto de escuta, que foi criado na pandemia para ajudar pessoas em dificuldade. Houve uma mulher que sinalizou uma situação que se passou há vários anos e que pediu a nossa ajuda para fazer chegar essa denúncia à diocese de Viseu", explicou fonte da Companhia de Jesus, acrescentando que "a pessoa se sentiu violentada". A mesma fonte escusou-se, no entanto, a revelar o tipo de abuso de que a vítima se queixou.
Os jesuítas limitaram-se a sinalizar e dar seguimento à queixa para a Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis. "Não sabemos o que foi feito depois. Limitámo-nos a fazer o que aquela pessoa pediu", declarou a mesma fonte.
No início da semana, Luís Manuel Coimbra Pereira, membro da mesma comissão, admitiu à Rádio Renascença que estavam a ser investigados mais casos de abusos sexuais, estando pendente apenas um processo. "Algumas denúncias, porque não conseguimos sequer identificar as vítimas, estão em suspenso. Relativamente à outra denúncia, conseguimos identificar a vítima e o eventual visado, mas ainda estamos em fase de instrução do próprio processo", adiantou.
O JN tentou, sem sucesso, ouvir o responsável sobre esta denúncia. Apesar das tentativas, também não conseguimos chegar à fala com o bispo de Viseu, D. António Luciano.
PJ quer padre acusado
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No espaço de uma semana, este é o segundo caso de alegados abusos conhecidos na diocese. Um padre, de 46 anos, está a ser investigado pelo Ministério Público por ter enviado mensagens de telemóvel escritas e de cariz sexual a um rapaz de 14 anos. O sacerdote já foi afastado de todas as funções que tinha na Igreja.
Segundo apurou o JN, a Diretoria do Centro da Polícia Judiciária já terá concluído a sua investigação, tendo proposto ao Ministério Público que deduza acusação criminal contra o padre suspeito.