Multidão emocionada no funeral de Susana Gravato, morta a tiro pelo filho de 14 anos
O funeral da vereadora e advogada Susana Gravato decorreu, este sábado de manhã, na Igreja Matriz da Gafanha da Boa Hora, em Vagos. O corpo não será cremado, por decisão do Ministério Público, e ficará sepultado no cemitério local.
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O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Ministério Público de Aveiro, que tutela as investigações criminais da Polícia Judiciária de Aveiro, não autorizou a cremação do corpo de Susana Gravato, ao contrário do que era vontade dos seus familiares mais próximos, por admitir que brevemente possa ter de ser exumado (retirado, entretanto, da campa) para eventual realização de novas perícias médico-legais.
Este sábado de manhã, uma multidão compareceu no funeral da vereadora e advogada de Vagos, morta a tiro pelo filho mais novo, de 14 anos, tendo a missa de corpo presente decorrido na Igreja Matriz da Gafanha da Boa Hora.
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As cerimónias religiosas foram presididas pelo padre Fernando Lacerda Ferros, o pároco da Gafanha da Boa Hora, de Calvão e de Santo André de Vagos, igualmente o arcipreste de Vagos. O corpo de Susana Gravato esteve em câmara ardente desde o início da manhã e cerca das 11 horas começou o funeral, com a maioria das pessoas a ficarem fora da Igreja Matriz.

Foto: Joaquim Gomes

Foto: Joaquim Gomes

Foto: Joaquim Gomes
Susana Gravato, natural de Ílhavo, residia em Vagos desde os seis anos, no lugar da Gafanha da Vagueira, freguesia da Gafanha da Boa Hora, estando prestes a deixar o cargo de vereadora na Câmara Municipal de Vagos e regressar à advocacia.
A vereadora vaguense detinha os pelouros da Administração Geral, Ambiente, Proteção e Saúde Animal, Justiça (Reinserção Social, Violência Doméstica, Julgados da Paz e Apoio às Vítimas de Crime), Coesão Social e Maioridade e também da Saúde.
Licenciada em Direito, desde 2001, fez o estágio em advocacia entre 2003 e 2005, passando a exercer a profissão de advogada, mas que suspendeu, para cumprir dois mandatos consecutivos como vereadora a tempo inteiro, na Câmara Municipal de Vagos.
O marido, Silvino Manuel do Rosário Inácio, comerciante, estabelecido numa drogaria na Vagueira, é tesoureiro da Junta de Freguesia da Gafanha da Boa Hora e ainda vogal da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vagos.
Filho está em regime fechado no Porto
Susana Gravato, de 49 anos, foi morta pelo filho mais novo, ao início da tarde de terça-feira, na sua moradia, da Rua do Parque de Campismo da Vagueira, na Gafanha da Boa Hora.
No âmbito das investigações, o adolescente de 14 anos foi conduzido ao Centro Educativo de Santo António, no Porto, em regime fechado, por decisão da juíza do Tribunal de Família e Menores de Aveiro.
O jovem será, entretanto, submetido a uma perícia sobre a sua personalidade, no âmbito do inquérito tutelar educativo, dirigido pelo Ministério Público junto do Juízo de Família e Menores de Aveiro.
A perícia é obrigatória sempre que se perspetiva aplicar a um adolescente, que ainda não tenha completado 16 anos de idade, da medida tutelar mais grave de internamento em centro educativo em regime fechado, com uma duração máxima de três anos.
