"Nem sei porque fiz aquilo". Vandalizou carros e partiu vidros no tribunal e em lojas
"Confesso tudo! Estou arrependido, nem sei porque fiz aquilo, estava alterado!". Foi assim que se expressou, esta segunda-feira, no Tribunal o homem que, em 12 de março, incendiou um carro e vandalizou seis outros no parque de estacionamento da Decathlon, em Braga. E ainda quebrou nove vidros no Tribunal e em duas lojas.
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O arguido, que está em prisão preventiva, admitiu as cenas de vandalismo, que acabaram, na noite daquele dia, quando a PSP o deteve em flagrante a furtar uma residência.
Antes, tinha incendiado um dos carros da empresa Guérin que estavam no parque da superfície comercial, que ardeu completamente, após o que partiu vidros no Tribunal e na loja da imobiliária ERA, também na Praça da Justiça, e na Funerária Santo Adrião.
Na audiência, Daniel Coelho, de 27 anos, pediu desculpa aos lesados e fez chegar ao processo documentos que provam que já ressarciu os lesados, o espaço comercial Decathlon, a empresa de aluguer de automóveis Guérin e as lojas.
Eram 5 horas da manhã quando uma equipa dos Bombeiros Sapadores regressava do combate a um incêndio numa fábrica em Ferreiros e viu um carro a arder no estacionamento da Decathlon, perto do novo estádio municipal.
Combateu as chamas e contactou a PSP e a Polícia Judiciária que ali recolheram vestígios.
Os veículos ficaram com vidros e retrovisores partidos e portas estroncadas. Quatro deles pertenciam à empresa de aluguer Guerin, sendo os restantes de moradores.
O local é vigiado por câmaras de vídeo da empresa. O supermercado ficou, nesse dia, fechado e com o acesso cortado.
Horas depois, cerca das 21 horas, nove vidros foram vandalizados no edifício do Tribunal. Alguém atirou um calhau de grandes dimensões contra as duas portas de entrada. O paralelo ficou no hall de entrada, onde uma equipa de investigação da PSP recolheu indícios e fotografou.
O atacante fez, de seguida, o mesmo a oito vidros de portas e janelas da segunda entrada, a que é usada por funcionários judiciais e pela própria polícia do Tribunal, o mesmo sucedeu ao vidro da loja da imobiliária ERA e à funerária Santo Adrião, sita algumas centenas de metros acima, no Largo do Espadanido. Neste caso, o dono estava nas instalações, no escritório, tendo sido um vizinho a alertá-lo.
Acabou detido pela PSP enquanto assaltava uma residência na cidade, tudo na mesma noite.