Suspeito de violar, está livre quatro meses depois.
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O tribunal da Relação de Guimarães deu razão a Marcelino Humberto Gama e considerou insuficientes os indícios que justificaram a sua prisão preventiva decretada em dezembro do ano passado e confirmada em março pelo Tribunal de Vila Real. Os desembargadores mandaram libertar o ex-sacerdote sobre quem recaem suspeitas de ter abusado de uma emigrante que o procurou para ser "exorcizada".
A libertação do "padre" Gama, noticiada em primeira mão pelo JN, surpreendeu muita gente, nomeadamente no Tribunal de Vila Real e na Polícia Judiciária, que ainda não encerrou a investigação do caso da emigrante alegadamente violada por Gama, em casa deste, enquanto se sujeitava a um alegado "exorcismo", a 21 de dezembro passado.
Ao que o JN apurou, os desembargadores de Guimarães não valoraram muito os alegados "indícios fortes" que haviam determinado a prisão, tendo considerado que pouco mais há do que a versão da alegada vítima e a do padre, que nega tudo. Os desembargadores também terão tido em conta o passado de Gama e as múltiplas denúncias sobres crimes do género, nenhuma delas ainda provada.
Ao que o JN apurou, o "padre" não perdeu tempo. Na quarta-feira, no primeiro dia de liberdade, começou a receber marcações para exorcismos.