Múltiplos ferimentos perpetrados com um objeto perfurante causaram a morte de pai e filho encontrados mortos terça-feira de manhã na casa da família, na aldeia de Donai, Bragança, onde há 11 dias Olga Pires, esposa e mãe das vítimas, foi assassinada.
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A Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real, que já investigava o homicídio da mulher, continua no terreno para tentar esclarecer as três mortes.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, as primeiras observações forenses feitas aos corpos de Carlos e José Pires estabeleceram que tanto um como o outro foram vítimas de vários golpes, como já indicava o cenário de terror encontrado pelo primeiros socorros a chegar ao local, com sangue espalhado pelas paredes de várias divisões da casa. A desarrumação também era total.
O filho, encontrado pelos bombeiros de Bragança num quarto da habitação com a porta fechada, tinha um golpe no pescoço, mas também outros na cabeça e nas costas. O pai, caído na entrada na habitação tinha ferimentos na cabeça e nas costas.
Investigação complexa
A PJ de Vila Real tem uma investigação complexa pela frente e não descarta qualquer cenário, incluindo o da intervenção de terceiros. Nem que ambos se tenham envolvido em agressões que resultaram na morte.
Os dois cadáveres foram encontrados pelos bombeiros de Bragança que tinham sido alertados por vizinhos para um incêndio na casa. Havia também papéis a arder em dois cestos.
Na noite de 9 de julho, às 22.40 horas, os mesmos bombeiros tinham sido chamados para uma agressão na habitação de Donai. Encontraram Olga Pires já em paragem cardiorrespiratória, com vários cortes no corpo.
O óbito foi declarado no local, onde estava ainda o marido, com ferimentos no rosto e no tórax. Na altura o homem disse aos bombeiros que haviam sido atacados pelo filho. Porém, mais tarde, terá dito à PJ que foi atacado pelas costas, sem conseguir identificar o agressor.