Um funcionário da Câmara de Castro Verde condenado por oferecer 600 euros a um militar da GNR que o apanhou a conduzir alcoolizado vai ver a pena agravada de tentativa para corrupção ativa consumada, o que lhe pode valer uma pena de prisão até cinco anos, ainda que suspensa. Estava condenado apenas a pagar multa.
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Após recurso do Ministério Público (MP), o Tribunal da Relação de Évora decidiu que três meses de prisão substituídos por multa não faziam justiça à gravidade do caso, pois, além de ter inicialmente recusado fazer o teste de alcoolemia, o arguido chamou “filhos da puta” e “cabrões” ao militares antes de lhes oferecer 600 euros para não fazer o exame. Acabou por fazê-lo e acusou uma taxa de alcoolemia de 1,95.
O MP alegou no recurso que “o arguido confessou” e que, “ao oferecer dinheiro, pretendia alcançar a impunidade para o delito praticado e comprar um favor contrário aos deveres dos guardas”.