O Tribunal de Bragança condenou, esta sexta-feira, várias dezenas de um total de 111 arguidos ao pagamento de 1050 euros, o equivalente a 210 dias de multa, à taxa de cinco euros/dia, pelo crime de falsificação de documentos agravado.
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Os arguidos, nomeadamente donos de escolas, examinadores, angariadores e candidatos a condutores, são suspeitos de envolvimento num esquema que passaria por pagamentos para garantir a passagem nas provas teóricas e práticas em centros de exame do Norte e Centro do país.
O caso faz parte do processo que ficou conhecido como "Carta Branca", que decorre em várias comarcas do país, por crimes de corrupção e falsificação com vista à obtenção da carta de condução de forma fraudulenta.
O megaprocesso, nascido de outro caso originário na Comarca de Aveiro, deu lugar a vários processos autónomos, todos a decorrer na Comarca de Bragança, com grande parte dos arguidos de Trás-os-Montes, de concelhos como Bragança, Mirandela, Vila Real, Murça, Torre de Moncorvo e Sabrosa) e do (Minho, Braga, Barcelos, Guimarães, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho.
O primeiro julgamento do caso “Carta Branca” começou em 2015, em Bragança, tendo demorado dois anos e terminando com condenações, por corrupção e falsificação, e 11 penas de prisão efetiva para examinadores e proprietários de escolas de condução.