Antigo ministro socialista e administrador dos bancos Caixa Geral de Depósitos e Millennium BCP, Armando começou na política na concelhia do PS de Bragança e subiu pelo aparelho partidário até chegar ao governo em 1995.
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Funcionário da Caixa Geral de Depósitos, Vara liderou a distrital brigantina do partido e foi chamado ao governo por António Guterres. Foi secretário de Estado da Administração Interna e, em 2000, ministro-adjunto do primeiro-ministro.
O primeiro grande caso que o envolveu prendia-se com a Fundação para a Prevenção e Segurança, uma polémica levada a público por Fernando Gomes, ministro da Administração Interna da altura. A fundação organizaria campanhas de prevenção rodoviária sem escrutínio público, mas nenhuma irregularidade foi provada. Acabou por se demitir do governo.
Passou pela oposição e organizou as autárquicas de 2001 do PS, que terminaram com saída de Guterres do governo. Em 2006 tornou-se administrador da CGD - o banco onde começou como caixa - e, em seguida, passou para o Millenium BCP.
Envolvido no caso Face Oculta em 2009, saiu do banco privado. O processo alongou-se e, em setembro de 2014, foi condenado a 5 anos de prisão efetiva por três crimes de tráfico de influência de que estava acusado.
À saída da sala de audiência, Armando Vara confessou aos jornalistas estar "em choque" com a pena que lhe foi aplicada, considerando que "não é sobre as acusações" mas pela "circunstância" de ter exercido funções políticas.
Conhecido amigo de José Sócrates, foi apanhado em escutas telefónicas com o ex-primeiro-ministro durante a investigação ao processo que envolvia o sucateiro Manuel Godinho.