O julgamento da Operação Fénix, que senta no banco dos réus 54 arguidos, entre eles Pinto da Costa e Antero Henrique, já começou no quartel dos Bombeiros Voluntários de Guimarães.
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Pelas 10.50 horas, o coletivo de juízes entrou na sala improvisada, onde se sentava o presidente portista na segunda fila, ladeado pelo segurança Odair Conceição e agentes da PSP.
À entrada, Pinto da Costa não prestou declarações nem o seu advogado, Gil Moreira dos Santos. O líder portista saiu do carro a falar ao telemóvel e enganou-se na entrada para o tribunal, tendo entrado numa pastelaria adjacente. Aí, um adepto portista aproveitou para tirar várias "selfies" com o presidente.
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Gil Moreira dos Santos também é o defensor de Antero Henrique, antigo vice-presidente do Futebol Clube do Porto, que não compareceu de manhã ao julgamento por motivos de indisposição. É possível que esteja presente de tarde.
O principal arguido é Eduardo Santos Silva, responsável pela empresa SPDE e, segundo o Ministério Público, alegado líder de um grupo acusado de crimes de segurança ilegal, supostamente imposta a espaços de diversão noturna. Edu, preso preventivamente, chegou ao tribunal de carrinha celular, tal como mais quatro arguidos presos.
À entrada, o advogado de Eduardo Silva, Artur Marques, disse que vai adotar "uma estratégia que tende a provar a inocência do senhor Eduardo Silva". O principal arguido vai prestar declarações e Artur Marques considera que "há algumas hipóteses de mostrar que a acusação não tem razão".
Também Daniel Rodrigues, advogado do jovem que foi morto à porta da discoteca CHIC, em Riba de Ave, alegadamente na sequência de um murro de um dos arguidos do processo, disse à entrada que espera que "a mediatização e volume do processo não interfira com o desenrolar" do julgamento, ao mesmo tempo que manifestou desejo de que o processo possa "trazer alguma paz" à família do jovem Luís Miranda.