Um dos alegados homicidas de Famalicão foi preso pelo assassinato nos festejos do título portista. Segundo homem fugiu para o estrangeiro.
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A Polícia Judiciária de Braga já identificou os dois alegados autores do homicídio de um jovem de 21 anos, Hugo Daniel Coelho Ribeiro, de Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia, que foi cometido na madrugada de 6 de março deste ano, à porta de uma discoteca de Vila Nova de Famalicão.
Fonte judicial adiantou ao JN que um dos implicados é Diogo Daniel Fonseca Meireles, de 25 anos e conhecido pela alcunha "Xió", que já se encontra preso preventivamente, mas à ordem do processo do homicídio que, no dia 8 de junho, vitimou um adepto portista, Igor Silva, durante os festejos da vitória do F.C. Porto na Liga de Futebol.
O segundo suspeito do homicídio de Famalicão também já foi identificado, mas encontra-se ausente em parte incerta, presumivelmente num país estrangeiro. A mesma fonte judicial não adiantou a sua identidade, salientando apenas que foi já emitido um mandado de detenção internacional. Hugo Ribeiro, que jogava futebol como sub-23 no Vilanovense Futebol Clube, foi violentamente agredido, na madrugada de 6 de março, um domingo, pelas 5.20 horas, à porta da discoteca Satélite Clube, em Vale São Cosme, Famalicão.
Pancada na cabeça
O futebolista terá sido vítima de agressões físicas, que terão começado no interior da discoteca e envolvido várias pessoas, e terá sido atingido na cabeça com um paralelo em granito, ou, noutra versão, com uma garrafa. A rua que passa à porta da discoteca tem uma parte do pavimento feito com paralelos em granito, alguns dos quais podiam ser levantados para arremesso.
Os Bombeiros Voluntários Famalicenses encontraram a vítima em paragem cardiorrespiratória. Após manobras de reanimação, por um médico da VMER, a mesma foi transportada ao Hospital de Braga, onde ficou internada, em coma, nos Cuidados Intensivos, e em estado muito crítico. Viria a falecer no dia seguinte.
Ao que o JN soube, Diogo Meireles foi já ouvido pela Polícia e constituído arguido pelo Ministério Público de Braga, como um dos presumíveis autores do crime de homicídio qualificado.
O malogrado jovem integrava um grupo de seis amigos, oriundo da zona do Grande Porto, que, após uma "noite de copos" naquela casa de diversão noturna - no âmbito de um concerto musical - se desentendeu e, fruto do consumo de álcool, se envolveu numa agressiva cena de pancadaria, com outro grupo, em que estavam os dois suspeitos.
Na ocasião, e em declarações aos jornalistas, o proprietário da discoteca disse que, após o início da rixa, ainda no interior, o segurança foi empurrado e, como o desentendimento continuasse, obrigou-os a sair para a rua.
A Brigada de Homicídios da PJ de Braga ouviu vários jovens envolvidos na rixa e ainda testemunhas da cena de violência que foram referenciados pela GNR, a primeira força policial a chegar ao local.