Em apenas três meses, a Polícia Judiciária (PJ) identificou 425 pessoas que serviam de “mula de dinheiro” para organizações criminosas e foram detetadas 590 contas bancárias que serviam para transações ilegais.
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Este é o balanço português de uma operação europeia, envolvendo a Europol.
Num total de 26 países, nos meses de junho, outubro e novembro, foi realizada, pelo nono ano consecutivo, uma operação contra o branqueamento de capitais através da angariação de Mulas de Dinheiro (“Money Mule”), denominada EMMA 9.
“A operação EMMA (“European Money Mule Action”), teve como resultado global a detenção de 1.013 indivíduos, a identificação de mais de 10.759 mulas de dinheiro e a tomada de medidas cautelares que permitiram evitar a perda de 32 milhões de euros”, adiantou a PJ.
Em território nacional, foram identificadas 425 pessoas que integram o conceito de mulas de dinheiro e outros 59 suspeitos foram referenciados como angariadores de mulas de dinheiro. Entre os identificados, 93 foram constituídos arguidos e oito foram detidos. A PJ também identificou 590 contas bancárias que serviram para transações ilícitas e foram iniciadas 300 investigações que contabilizaram um prejuízo patrimonial superior a 16,7 milhões de euros.
“Esta campanha visa sensibilizar o público em geral que as (Money Mules) são pessoas recrutadas por organizações criminosas para o levantamento de dinheiro ou transferências ilícitas de fundos, passando, também elas, a ser intervenientes e autoras de crimes”, adiantou ainda a PJ.