Um homem de 39 anos foi detido, na quarta-feira, por suspeitas de ter ateado um fogo florestal, em Beja, junto a uma zona habitacional chamada Colina do Carmo, onde existe uma Estrutura Residencial para Idosos (ERPI)
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Segundo um comunicado da Diretoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ), o indivíduo foi detido fora de flagrante delito, sendo apontado como o presumível autor de um crime de incêndio, ocorrido no passado dia 18 de agosto.
A PJ refere que "sem justificação plausível, o suspeito ateou o incêndio com recurso a chama direta (isqueiro) num terreno rural baldio, com solo ocupado por vegetação herbácea rasteira, tendo consumido cerca de quatro hectares".
As chamas foram detetadas por um operacional do Corpo de Bombeiros de Beja, residente no local que deu o alerta, e foram controladas, evitando a propagação do fogo e cessando o perigo que o mesmo representou para as habitações nas imediações.
A PJ recolheu provas do crime, estando o suspeito a aguardar a indicação do Ministério Público de Beja, que tutela o inquérito, para ser presente às autoridades judiciárias competentes no Tribunal de Beja, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.
Também o Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública de Beja emitiu uma nota onde dá conta da ocorrência, justificando que naquele dia "foram registadas três ocorrências distintas de incêndio de natureza dolosa, num curto espaço temporal e geográfico", tendo sido possível identificar os presumíveis autores dos focos de incêndio, entre os quais se encontra o individuo detido pela PJ.
De acordo com a PSP, "durante os incidentes, uma bombeira da corporação de Beja foi ameaçada e injuriada por um dos suspeitos, que, de forma agressiva e intimidatória, admitiu ter provocado os incêndios", justificando que dos fogos resultou a destruição de vegetação, entulho e lixo, não havendo registo de feridos.