A Polícia Judiciária, em articulação com a Marinha Portuguesa, apreendeu 100 quilos de cocaína num veleiro ao largo da costa, perto de Lisboa, na madrugada desta sexta-feira. Os dois tripulantes, de nacionalidade russa, foram detidos e vão ser presentes a tribunal para aplicação de medidas de coação.
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A droga que estava dissimulada dentro de jerricans e será agora destruída.
Artur Vaz, diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da PJ referiu ontem, numa conferência de imprensa no Porto de Setúbal, ser “previsível que o destino do produto fosse países do leste da Europa”. O mesmo responsável adiantou ainda que a embarcação veio das Caraíbas e que estaria apenas de passagem por águas portuguesas. Não estava previsto que o veleiro atracasse num qualquer porto em Portugal.
A investigação teve origem no Centro de Análise e Operações Marítimas (MAOC), em informações trocada entre as autoridades portuguesas, dos Estados Unidos da América, Espanha e França, quatro dos nove países que fazem parte deste centro, sedeado em Lisboa, com o objetivo de travar a entrada de droga na Europa.
José Sousa Luís, porta-voz da Marinha Portuguesa, afirmou, na mesma conferência de imprensa, que a abordagem correu sem qualquer percalço. “Os tripulantes não ofereceram resistência às autoridades aquando da abordagem” que ocorreu perto cinco da manhã de sexta feira.
“Uma equipa do Destacamento de Ações Especiais dos Fuzileiros embarcada numa unidade naval fez a abordagem. Posteriormente, a embarcação foi divergida para o Porto de Setúbal, onde houve lugar à detenção e buscas pelas Polícia Judiciária”, avançou José Sousa Luís.
A PJ investiga a rede criminosa que está por detrás do tráfico de cocaína e utiliza veleiros para atravessar o oceano atlântico.
É estimado que o valor desta cocaína apreendida, de acordo com dados portugueses, ascendesse aos três milhões e meio de euros. De acordo com informações recolhidas pelo JN, em países de leste europeu, o valor pode mais que duplicar.