Os mandados de busca que visavam a recolha de provas sobre suspeitas de crimes nos negócios entre o F.C. Porto e o Portimonense chegaram a ser emitidos, mas não foram executados. As buscas realizadas nos dois clubes, esta quinta-feira, visarão apenas eventuais falsificações de testes à covid-19.
Corpo do artigo
Estão em causa dois inquéritos criminais distintos, no âmbito dos quais terão sido emitidos mandados de buscas, há cerca de 15 dias, com pelo menos dois alvos em comum: o F.C.Porto e o Portimonense. No entanto, com o campeonato ainda em curso, a realização das buscas foi adiada, mas, esta quinta-feira, só foram realizadas buscas sobre a eventual falsificação de testes.
O Ministério Público e, depois, o F.C Porto emitiram comunicados onde relacionam as buscas realizadas com a investigação sobre os testes, sem fazer qualquer referência ao inquérito sobre os negócios entre aquele clube e o Portimonense.
Antes daqueles comunicados, o JN e outros órgãos de comunicação social noticiaram que as buscas se relacionavam com o inquérito sobre os referidos negócios, onde se investigam suspeitas, entre outras, de fraude fiscal e branqueamento, mas nenhum dos referidos comunicados se refere ao teor destas notícias.
O inquérito sobre os negócios é dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que se faz coadjuvar pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, também instalada em Lisboa.
A investigação terá contado com informações divulgadas através do Football Leaks, plataforma criada por Rui Pinto, que está a ser julgado por 90 crimes, nomeadamente por alegado acesso ilegítimo a sistemas informáticos.