PJ poderá reabrir caso de irlandesa que acredita ter sido violada por suspeito do caso Maddie
As autoridades portuguesas poderão reabrir em breve o caso da violação sofrida por uma mulher irlandesa, em 2004, numa praia em Portimão. O pedido da reabertura do processo foi feito pela vítima às autoridades inglesas, na sequência dos recentes desenvolvimentos sobre o caso Maddie.
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A Polícia Judiciária iniciou um processo que poderá levar à reabertura da investigação em torno da violação de uma mulher de nacionalidade irlandesa, ocorrida em 2004, no Algarve, avançou o jornal britânico "The Guardian", que cita fonte do Ministério Público. O objetivo é apurar eventual responsabilidade do mais recente suspeito do rapto de Madeleine McCann, em 2007, o alemão Christian Brückner.
De acordo com o diário de referência do Reino Unido, depois de serem contactados pela Polícia britânica, os inspetores portugueses recuperaram, na semana passada, o processo, já arquivado, do ataque à irlandesa Hazel Behan, que estava a trabalhar como agente turística na Praia da Rocha, em Portimão. Um juiz vai, mais tarde, decidir se os investigadores podem reabrir oficialmente o caso, decisão que, diz o "The Guardian", dificilmente acontecerá antes do outono.
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No mês passado, Hazel Behan pediu às autoridades britânicas que trabalhavam no desaparecimento de Maddie que revissem o seu caso, depois de saber que o novo suspeito apontado como eventual responsável pelo desaparecimento da menina de quase quatro anos tinha sido condenado por um crime sexual. O homem, agora com 43 anos, está a cumprir pena pela violação de uma cidadã americana de 72 anos, na Praia da Luz, em 2005. A irlandesa disse em entrevista recente que ficou chocada com as semelhanças de "táticas" e "métodos" entre os dois casos.
O processo de Hazel Behan, um documento de 110 páginas a que o "The Guardian" teve acesso" e que está num tribunal em Portimão, inclui detalhes sobre objetos recolhidos pela Polícia na cena do crime, entre os quais tesouras usadas pelo atacante para cortar a roupa da vítima, e uma blusa onde foi encontrado sangue.