PJ seguiu pranchas de surf carregadas de droga para deter traficantes italianos
Traficantes italianos tentaram transportar 50 quilos de cocaína, escondidos em pranchas de surf, do Brasil até à Europa. No entanto, o esquema foi descoberto pelas autoridades do Uruguai e dois dos elementos da rede criminosa foram detidos, pela Polícia Judiciária (PJ), a tentar levantar as pranchas no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Um terceiro criminoso foi apanhado em Itália, no âmbito de uma operação internacional, que envolveu polícias de quatro países.
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Ainda no mês de maio, dois italianos, de 28 e 44 anos, viajaram até ao Brasil para comprar 50 quilos de cocaína. Depois, esconderam a droga no interior de seis pranchas de surf e rumaram ao Uruguai. O objetivo era despachar o material de avião, a partir de um país pouco conotado com o tráfico de cocaína e, assim, afastar suspeitas das autoridades. Todavia, equipas de cães ao serviço da Polícia uruguaia detetaram, em 23 de maio, o produto estupefaciente.
Os traficantes italianos podiam ter sido detidos logo ali, mas as autoridades do Uruguai, no âmbito da estratégia internacional que está a ser seguida em muitos países, decidiram agir de outra forma. Retiraram 40 quilos de droga de cinco pranchas (uma sexta continuou a esconder quase dez quilos de cocaína) e deixaram os italianos despachar a encomenda para Portugal. Também permitiram que os suspeitos abandonassem o país sem os informar de qualquer movimentação.
Detidos no aeroporto de Lisboa
Em seguida, contactaram a Polícia Judiciária, a sua congénere italiana e ainda as autoridades espanholas para as pôr ao corrente das diligências em curso. E todos decidiram fazer uma entrega controlada da droga, para que fosse descoberto o destinatário da cocaína.
Já com os traficantes em Itália, as pranchas de surf viajaram, de avião, para Portugal. Chegaram ao aeroporto de Lisboa na quarta-feira da semana passada e foram logo recolhidas por elementos da organização. Um deles tinha estado no Uruguai a despachar a droga, mas o segundo homem era desconhecido das polícias.
Contudo, ainda no terminal de carga do aeroporto lisboeta, ambos foram detidos por inspetores da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, que estiveram sempre a controlar o trajeto da droga e dos traficantes.