Polícia europeia detetou fraudes de mais 1,2 mil milhões de euros em fundos comunitários
O Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF, na sigla inglesa) detetou que, no ano passado, mais de 1,2 mil milhões de euros do orçamento da União Europeia (UE) foram usados em fraudes com fundos comunitários.
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O mesmo organismo, que investiga crimes que lesam o orçamento da Comissão Europeia, também evitou, antes do dinheiro ser atribuído, que outros 209 milhões de euros fossem gastos com irregularidades.
Os montantes fazem parte do Relatório do OLAF de 2023, publicado nesta terça-feira, e são elevados. Dizem os polícias que investigam crimes com fundos europeus que, em 2023, foram identificados mais de 1,2 mil milhões de euros, atribuídos em apoios comunitários, usados em fraudes e recomendaram que fossem devolvidos.
A juntar a este valor, o relatório mostra que o OLAF evitou que outros 209 milhões fossem atribuídos a candidatos que queriam beneficiar de fundos comunitários indevidamente.
“O OLAF também investigou suspeitas de de má conduta por parte de funcionários ou membros das instituições da UE”, destaca o documento.
Ainda segundo o relatório, o OLAF encerrou 265 inquéritos, tendo formulado 309 recomendações de seguimento às autoridades nacionais e comunitárias competentes. O organismo europeu também abriu 190 novos inquéritos, na sequência de 1178 análises preliminares efetuadas pelos seus peritos .
“O OLAF comunicou 79 casos com possíveis infrações penais à Procuradoria Europeia (EPPO)”, avançam ainda os investigadores europeus.
Para o diretor-geral do OLAF, Ville Itälä,"2023 foi um ano de luta contra a fraude em todas as frentes”. “Este relatório contém numerosos exemplos de casos em que o OLAF e os seus parceiros trabalharam em conjunto para ajudar a proteger os interesses financeiros, os cidadãos, a economia e o Estado de direito da UE”, referiu.
Ville Itälä realçou que “o OLAF coordenou o novo plano de ação da Estratégia Antifraude da Comissão Europeia”, porque, na UE, acredita-se “que a prevenção continua a ser o instrumento mais eficaz para combater a fraude”.