Um agente da Polícia Municipal (PM) de Loures, de 29 anos, está desde sexta-feira, 14 de outubro, hospitalizado em coma, depois de ter sido espancado, fora de serviço, na noite de Lisboa.
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A agressão ocorreu na zona ribeirinha da cidade, perto do local onde, em março de 2022, um PSP de folga foi pontapeado mortalmente após uma noite de diversão.
De acordo com pessoas próximas da vítima, João G., natural de Castelo Branco e atualmente a residir com uns tios na Grande Lisboa, encontrava-se com um grupo de amigos numa discoteca quando um segurança ordenou, na sequência de um desentendimento, que abandonassem o espaço.
O agente fê-lo, mas, ao chegar ao carro, um amigo que tinha ficado para trás ter-lhe-á ligado a pedir que regressasse à discoteca, para resolver uma questão com o pagamento do que tinham consumido. João G. voltou. Depois, saíram novamente do espaço de diversão.
Terá sido então que foram atacados na rua, ainda junto à discoteca. A agressão deixou João G. em coma e a lutar pela vida, no Hospital de São José, em Lisboa. O amigo terá desmaiado e entretanto recuperado.
Família recebe apoio
Contactada pelo JN, a Câmara Municipal de Loures garante que está a prestar "apoio psicológico à família do agente, à qual manifestou já a sua total solidariedade". A Autarquia liderada por Ricardo Leão (PS) salienta ainda que "lamenta profundamente o sucedido e manifesta o seu total repúdio para com todo e qualquer ato de violência".
A agressão é igualmente repudiada pelo Sindicato Nacional das Polícias Municipais. "Lamento imenso que a vida noturna numa cidade como Lisboa ainda seja tão insegura", afirma, ao JN, o presidente do organismo. Pedro Oliveira expressa ainda a sua "solidariedade" com os agentes da PM de Loures, à qual João G. estará afeto há cerca de dois anos, e a família da vítima.
No caso ocorrido há sete meses, os alegados agressores do agente da PSP - Fábio Guerra, de 26 anos - foram dois fuzileiros, que aguardam em prisão preventiva julgamento por homicídio qualificado e ofensa à integridade física. Um terceiro suspeito está a monte.