Chegada do calor tem levado a mais e maiores aglomerações ao ar livre, com gente de todas as idades.
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Não tem sido fácil a tarefa das autoridades neste ano e meio que já levamos de vida coletiva em pandemia. De março de 2020 até ao mês passado, PSP e GNR tiveram de intervir em cerca de 400 situações de incumprimentos das regras sanitárias e de distanciamento social, ou seja, quase um caso por dia.
E a PSP tem notado "uma tendência para o recrudescimento de ajuntamentos e celebrações com a melhoria das condições climatéricas, com maior pendor para a sua realização ao ar livre, número acrescido de participantes e maior diversidade etária".
Ao JN, a PSP revelou que registou 314 ocorrências e apelou ao cumprimento das "normas de saúde pública, nomeadamente o uso de máscara ao ar livre sempre que não seja possível manter o distanciamento social, não integrar ajuntamentos, observar as regras de usufruto de esplanadas e colaborar no cumprimento dos horários de funcionamento dos estabelecimentos".
Centenas de pessoas
A GNR, por seu lado, não dispõe de agregação estatística que permita saber em quantas situações teve de intervir. No entanto, fonte do Comando Geral salientou que, ao longo destes meses, "apenas foram divulgadas as de maior relevo".
E, pela leitura dos comunicados, percebe-se que foram diversas as ocasiões em que a Guarda teve de desmantelar festas privadas com centenas de participantes, como foi o caso, em julho do ano passado, de uma rave no Seixal, com cerca de 300 pessoas. Ou no mês passado, em Albufeira, onde cerca de 200 pessoas conviviam no espaço exterior de um restaurante. Mais a Norte, a GNR desmantelou, em abril, uma festa ilegal numa moradia em Paredes, e identificou 28 pessoas.
Há 39 reclusos infetados em Sintra
O Estabelecimento Prisional de Sintra concentra a quase totalidade dos reclusos infetados com covid-19 em Portugal, com 39 casos, num total de 41. Segundo uma nota da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), os casos foram detetados na Ala B, que tem 280 reclusos, e os positivos foram encaminhados para o Hospital Prisional de São João de Deus, encontrando-se os restantes em quarentena profilática. A DGRSP referiu que se regista apenas mais um caso ativo (um funcionário dos Serviços Centrais), num universo de 20 mil pessoas, entre trabalhadores, reclusos e jovens internados em centros educativos.