Desligavam cabo do computador para venda não ficar registada. Tabaco, café e produtos de higiene eram usados no mercado negro da prisão de Izeda.
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Quatro reclusos conseguiram retirar de dois bares da cadeia de Izeda, em Bragança, mais de 31 mil euros em produtos. O café, o tabaco, os sumos ou os produtos de higiene furtados eram usados para, no mercado negro da prisão, pagar favores, serviços de limpeza da cela ou como moeda de troca por roupa e sapatilhas. O esquema criminoso foi descoberto no início deste ano e está a ser investigado pelo Ministério Público.
As regras impõem que qualquer compra feita nos bares das cadeias tem de ser paga através do sistema informático com um cartão de débito atribuído aos reclusos. O método foi implementado para evitar desvios de dinheiro, mas, em Izeda, os presos que trabalhavam num dos bares descobriram que, se desligassem a eletricidade no momento do pagamento, o sistema emitia o talão para a aquisição do produto, mas não registava a transação. O maço de tabaco ou a pasta de dentes entregues ao preso continuavam no stock do bar como disponíveis para venda.