Prisão preventiva para estivador detido em rede de tráfico de droga no Porto de Setúbal
Um estivador detido pela PJ no Porto de Setúbal por liderar o grupo que estava ao serviço de cartéis colombianos no tráfico de cocaína em contentores que chegavam por via marítima viu o tribunal de Setúbal aplicar a medida de coação mais gravosa, prisão preventiva. Um segundo estivador e dois camionistas que foram detidos na operação da PJ ficaram em liberdade.
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A Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ desmantelou, na passada quinta-feira, a operação que durava há pelo menos dois anos no Porto de Setúbal e que permitiu aos suspeitos, entre os quais estivadores e camionistas descarregar mais de uma tonelada de cocaína proveniente da Colômbia. Há um militar da GNR entre os suspeitos, mas a sua participação ainda está a ser descortinada pela investigação.
O grupo era contratado por cartéis colombianos e os seus elementos eram avisados sempre que chegava um contentor com cocaína ao Porto de Setúbal. Os contentores referenciados eram abertos, a droga era retirada pelos suspeitos e, ou era passada discretamente pelos portões do porto, ou colocada em camiões cujos condutores estavam envolvidos na rede.
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Para além dos quatro detidos, a PJ constituiu arguidos 12 suspeitos, de entre os quais estivadores, camionistas e um militar ao serviço do Destacamento de Trânsito da GNR de Setúbal. A PJ descobriu o envolvimento dos estivadores nesta rede de tráfico de droga na sequência da investigação a três casos. Num deles, em agosto de 2020, dois polícias foram detidos quando se preparavam para transportar 375 quilos de cocaína.