O Tribunal de Instrução Criminal do Porto decidiu pôr em prisão preventiva, esta quinta-feira à tarde, 13 das 14 pessoas detidas pela PSP, na terça-feira, por furtos de bens, avaliados em 3,5 milhões de euros, sobretudo em armazéns e camiões, no Grande Porto.
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Só um dos suspeitos foi libertado pelo juiz de instrução. Não foi possível apurar as medidas de coação aplicadas a este arguido, sendo que o mesmo não estaria ligado ao grupo indiciado pelos assaltos, mas foi apanhado na posse de munições de armas de fogo e um bastão ilegais.
Os arguidos sujeitos a prisão preventiva saíram do tribunal indiciados por crimes de furto qualificado.
Os 13 presos fariam parte de uma rede que abria buracos nas paredes de armazéns, situados em zonas industriais, para roubar roupa, malas, eletrodomésticos e metais valiosos. Alguns dos suspeitos já tinham sido detidos pela GNR no ano passado.
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Galeras de camiões estacionados em locais sem vigilância também eram alvo dos assaltantes detidos ontem, que residem no Grande Porto, mas têm ligações ao Centro e Sul do país, onde muito do material furtado era vendido através das redes sociais.
Roupas e malas roubadas eram escoadas nas feiras, sobretudo no Norte, enquanto os metais eram vendidos a sucatas.
Na operação levada a cabo pela PSP, que contou com o apoio da GNR, também foram apreendidas toneladas de vestuário, eletrodomésticos e metais encontrados durante as buscas realizadas em concelhos como o Porto, Maia, Valongo, Santo Tirso e Paços de Ferreira.
Todos os assaltantes agora detidos integravam uma organização que atuava sempre da mesma forma. Escolhiam um armazém existente numa zona industrial, abriam um buraco, com cerca de um metro quadrado, na parede e, à noite, invadiam o espaço. Depois furtavam os objetos de valor que encontrassem e carregavam-nos para carrinhas estacionadas no exterior.
O grupo também chegou a assaltar serralharias para furtar metais valiosos.
Juiz libertou oito em abril
Os detidos são suspeitos de, ao longo dos últimos meses, terem efetuado mais de meia centena de assaltos. Os bens furtados foram avaliados pela Polícia em mais de 3,5 milhões de euros. Segundo apurou o JN, oito dos homens agora apanhados já tinham sido detidos e constituídos arguidos, em abril de 2021, numa operação semelhante, mas liderada pela GNR.
Na ocasião, foram interrogados por um juiz e libertados.