Um homem ficou em prisão preventiva por violência doméstica sobre os pais, em Ponta Delgada, nos Açores. Desrespeitou a proibição de se aproximar dos progenitores e, por várias vezes, ameaçou-os de morte e agrediu-os no interior da sua própria casa para obter dinheiro para comprar droga.
Corpo do artigo
O arguido começou a consumir estupefacientes há cerca de um ano e, desde essa altura, começou a exigir dinheiro aos pais para sustentar o vício, não se coibindo de os ameaçar de morte e de os agredir quanto não acediam aos seus pedidos.
Após sucessivos atos de violência, a 12 de dezembro do ano passado foi obrigado pelo tribunal a sair da residência familiar e a frequentar um programa de tratamento de toxicodepência. Ficou também proibido de contactar e de se aproximar a menos de 200 metros dos pais. Menos de um mês depois, após sucessivos incumprimentos, a 5 de janeiro, a distância mínima de afastamento foi aumentada para 250 metros. O agravamento das medidas de coação não resultou.
A 21 de março roubou um televisor dos pais. Como não o conseguiu vender, destruiu-o e deixou-o no interior de casa dos progenitores. Uma semana depois, a 28 de março, entrou em casa e foi até ao quarto dos pais, que já se encontravam deitados. Exigiu dinheiro para comprar droga mas estes recusaram. Começou a gritar a dizer que, se não lhe dessem dinheiro, destruia o quadriciclo do pai.
Arrastou mãe pelo chão e danificou "papa-reformas" do pai
Como os pais não cederam, ele saiu de casa, foi até junto do "papa-reformas" do pai e desferiu-lhe diversos pontapés no pára-choques e na porta lateral esquerda, causando-lhe amolgadelas. A mãe aproximou-se do filho, tentanto por cobro à sua atitude violeta. Este atirou-a ao solo e arrastou-a pelo chão.
As autoridades tiveram conhecimento e detiveram o homem por violência doméstica, praticado nas pessoas dos pais. Na sequência do interrogatório e em consonância com o promovido pelo Ministério Público, a 30 de março, o Juiz de Instrução Criminal aplicou ao arguido a medida de coação de prisão preventiva, por existir intenso perigo de continuação da atividade criminosa, informa uma nota do Ministério Público de Ponta Delgada do DIAP da Comarca dos Açores.