Magistrado que acompanhava vigilância da GNR ainda não é arguido, mas já foi instaurado inquérito para apurar eventual responsabilidade criminal.
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O procurador que atingiu com duas balas de 9 milímetros um dos cinco assaltantes da ourivesaria Cacho, em Valença, alega ter atuado num quadro de legítima defesa. Garante que o suspeito, atualmente internado com prognóstico reservado nos cuidados intensivos do hospital de Viana, se dirigiu a ele com uma barra de ferro, após ter agredido um GNR. Não há memória em Portugal de um magistrado balear um suspeito, durante uma detenção em flagrante, ocasionada por uma operação de vigilância.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, a GNR andava, havia semanas, a investigar um grupo de duas dezenas de indivíduos especializados em assaltos a ourivesarias em Espanha e Portugal. Havia informações de que o grupo ia atuar na quinta-feira à noite. Normalmente, cometiam os crimes após o encerramento dos estabelecimentos e, por isso, a GNR mobilizou equipas para monitorizar os quatro alvos que os ladrões podiam atacar na zona.