O Ministério Público (MP) pediu hoje uma “elevada pena de prisão” para Clóvis Abreu, suspeito da morte do polícia Fábio Guerra junto à discoteca MoME, em Lisboa, em março de 2022. Já a defesa insistiu que o arguido não praticou o crime de homicídio.
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Durante as alegações finais, Aníbal Pinto, advogado do arguido, disse não aceitar que o seu cliente seja condenado por um crime de homicídio, mas admitiu que seja sentenciado pelo crime de ofensas à integridade física.
Reiterou ainda que alguns atos cometidos pelo suspeito foram em “legítima defesa” e que, no momento do crime, o polícia estaria alcoolizado, com 1,27 g/l de álcool no sangue.
Pela morte do agente da PSP, já tinham sido condenados a 17 e a 20 anos de prisão, respetivamente, os ex-fuzileiros Vadym Hrynko e Cláudio Coimbra. Uma decisão já confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Confrontado com a entrega de Clóvis Abreu às autoridades cerca de ano e meio depois dos acontecimentos e das alegações de que esteve fugido à justiça, Aníbal Pinto insistiu hoje novamente que o arguido “nunca esteve fugido” e responsabilizou o MP por não ter notificado logo Clóvis Abreu e ter demorado “quase um ano” para o fazer.