A PSP apreendeu, na segunda-feira, 210 mil euros em numerário a uma rede de apostas paralelas na lotaria, em Lisboa. Várias pessoas foram identificadas, para poderem vir a ser alvo de processos de contraordenação.
Corpo do artigo
O esquema, que contaria com diversos angariadores, funcionaria com base num sistema de financiamento em pirâmide, com todos a poderem ganhar "com base na aposta do apostador", refere esta terça-feira, em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis).
Na prática, os jogadores seriam convidados, "em paralelo ao jogo legal", a "apostar na terminação da lotaria da Santa Casa da Misericórdia (últimos três ou últimos dois dígitos)", conseguindo, com "um investimento de um euro" e caso acertassem nos algarismos, ganhar 600 euros.
A rede foi detetada no âmbito de uma fiscalização a estabelecimentos comerciais nas freguesias da Ajuda e de Belém, em Lisboa, onde, segundo o Cometlis, "o jogo ilegal é uma prática que tem vindo a ganhar destaque".
Na operação, foram ainda apreendidos um computador, duas máquinas de impressão, um telemóvel, várias dezenas de talões, "em bloco e avulso", que serviriam como talões de jogo para as apostas paralelas, e uma arma de alarme, a par de 60 fulminantes.
Além da PSP, participaram ainda na ação elementos dos Jogos da Santa Casa da Misericórdia e do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos.
A perda de receitas para a Santa Casa da Misericórdia e para o Estado e o agravamento da situação económica de quem, repetidamente, aposta são algumas das consequências do jogo ilegal, alerta o Cometlis.