PSP impede advogado de aceder a espaço para estrangeiros barrados no aeroporto
Um advogado escalado para prestar apoio jurídico a estrangeiros barrados no aeroporto de Lisboa foi, esta sexta-feira, impedido pela PSP de aceder ao Espaço Equiparado a Centro de Instalação Temporária (EECIT) para onde são encaminhados aqueles cidadãos. A força de segurança alega que ninguém tinha solicitado defensor.
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O caso, relatado ao JN pelo causídico e confirmado pela PSP, aconteceu pelas 8.15 horas desta sexta-feira, depois de José Gaspar Schwalbach ter comparecido no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, para, no âmbito de um protocolo estabelecido em 2020 entre a Ordem dos Advogados e os ministérios da Administração Interna e da Justiça, dar, até às 11 horas, aconselhamento jurídico a estrangeiros cuja entrada em Portugal é recusada.
"Quando cheguei, pediram-me para aguardar na receção. Disse que queria ir para a sala dos advogados [do EECIT], tendo-me sido recusado o acesso, motivo pelo qual fiz reclamação formal e comuniquei ao Conselho Regional de Lisboa [da Ordem dos Advogados]", referiu, ao JN, José Gaspar Schwalbach, precisando que o local onde acabou por ficar confinado está dois pisos abaixo do espaço onde os cidadãos barrados ficam retidos. A sala de advogados do EECIT, que assim ficou vazia, é, por sua vez, visível a todos as pessoas ali instaladas.