A PSP vai gastar 85.500 euros (valor já com IVA) a reabilitar e a modernizar duas viaturas Toyota Dyna, com matrículas de 1997 e 1998, para as adaptar em esquadras móveis.
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O contrato foi adjudicado, por concurso público, a 5 de junho, à empresa Workx4Pros - Soluções Especiais, Lda., e publicado a 29 desse mês no Portal Base da Contratação Pública. Tem um prazo de execução de 60 dias.
Segundo o caderno de encargos, está prevista a recuperação geral da carroçaria e interiores, a reparação da parte elétrica e eletrónica e a caracterização e sinalização. A transformação das viaturas para apoio à atividade operacional deverá ser ainda acompanhada por elementos designados pela PSP.
Sindicato crítico
Para o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), a experiência destas unidades móveis de atendimento e visibilidade tem sido, no entanto, “negativa”.
“Recentemente, a PSP recorreu a essa possibilidade por incapacidade não assumida de recursos humanos. A utilização de postos móveis poderá ser interessante do ponto de vista da visibilidade em eventos pontuais, mas os problemas associados ao fenómeno da criminalidade e policiamento não se resolvem com eles. Os recursos humanos são imprescindíveis na segurança interna e as esquadras móveis, tal como a videovigilância, deverão ser vistos como um complemento”, afirmou Paulo Santos ao JN.
Apesar de já terem sido usadas noutros projetos de policiamento de proximidade, as unidades móveis voltaram a ser apresentadas em julho do ano passado, simultaneamente em Lisboa e no Porto, na sequência do encerramento da maior esquadra portuense. Pretendiam aproximar os agentes dos cidadãos, facilitando o contacto direto da população com aquela polícia. No entanto, nem tudo correu como o esperado.
Tal como o JN noticiou, na altura, no dia da inauguração, no Porto, a esquadra móvel avariou. Ficou sem energia e teve de ser rebocada para a oficina. O recurso a estes postos móveis também foi alvo de críticas, à data, por parte do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia que, além de considerar que não resolvia o problema da falta de agentes na rua, classificou as unidades como uma “estrutura falhada” que não acompanhava “as reais necessidades de segurança”.